A Última Ceia de da Vinci

E os 12 Signos do Zodíaco

Durante 50 anos, Dona Emy desenvolveu um trabalho que procurava encontrar o ponto de intersecção entre a fé e a ciência, buscando sempre a beleza da manifestação divina em cada ser humano, mantendo uma racional, mas sem se prender a dogmas.

Emma de Mascheville, mais conhecida como Dona Emy, nasceu em 10 de fevereiro de 1903, em Heimhausen, na Alemanha, mas foi alfabetizada em italiano, já que ela viveu seus primeiros anos em Monte Veritá, entre o norte da Itália e o sul da Suíça.

Aos 22 anos, veio ao Brasil com a família, onde se estabeleceu depois de conhecer seu futuro marido, que a introduziu no estudo da astrologia, matéria que ela estudaria pelo resto de sua vida. Dona Emy se estabeleceu em Porto Alegre em 1930, sua cidade onde criou 7 filhos e viveu até  1981, ano em que faleceu.

Durante 50 anos, Dona Emy desenvolveu um trabalho que procurava encontrar o ponto de intersecção entre a fé e a ciência, procurando sempre perceber a beleza da manifestação divina em cada ser humano, mantendo uma postura coerente com a razão, mas sem se prender a dogmas e conceitos pré-estabelecidos.

Ela estudou a astrologia clássica do ocidente, os aforismos árabes e a astrologia oriental, sempre observando e aprendendo. Interpretou mais de 10.000 mapas de clientes, que jamais saiam sem palavras carinhosas e impregnadas de sabedoria, que demonstravam sua profunda compreensão da natureza humana.    

É bastante conhecida sua interpretação astrológica do quadro a Última Ceia, pintado por Leonardo da Vinci. Em suas palavras:

 "Leonardo da Vinci era um iniciado e colocou na sua Santa Ceia todo um conhecimento de astrologia. No momento em que a fé e a ciência estavam se separando (Renascimento) e, que a Astrologia estava se desvirtuando, Leonardo legou à humanidade todo seu conhecimento de ocultismo sob a forma de uma pintura.”

Abaixo, uma reprodução do quadro e comentários feitos com base na interpretação de Dona Emy: 

A Última Ceia e os 12 Signos

O primeiro à direita é Simão, que corresponderia a Áries (signo de elemento fogo, associado à ação e á iniciativa) Com as mãos estendidas, ele indica a direção a tomar. Na anatomia astrológica, Áries rege a cabeça, e é evidente como a testa de Simão está realçada na pintura de Leonardo.

A seu lado direito, Judas Tadeu, representando Touro (signo de elemento terra, associado à receptividade e ao acúmulo) Seu semblante é sereno, o que indica que está “digerindo” lentamente o que ouve. Suas mãos estão posicionadas como se ele estivesse recebendo algo, o que indicaria a natureza possessiva de Touro. No corpo humano, Touro rege o pescoço e a garganta, e o de Judas Tadeu está bem destacado no quadro.

Ao lado de Tadeu, vemos Mateus, correspondendo a Gêmeos (signo de elemento ar, associado à duplicidade e à comunicação e à interação com as pessoas) As mãos de Mateus apontam para um lado e o seu rosto está voltado para o outro, indicando a dualidade e a natureza inquieta do geminiano. Lembrando que Mateus era escriba (escreveu um dos evangelhos aceitos como verdadeiros pela Igreja Católica) e que Gêmeos rege a casa III, associada ao intelecto e à comunicação em geral.

Em seguida, vemos Filipe, que representaria Câncer (signo de elemento água, associado ao sentimento e à emotividade) Ele está inclinado, sua postura é receptiva e suas mãos voltadas para o peito, como se estivesse acolhendo algo ou alguém.

Ao lado de Filipe, vemos Tiago Menor, que representaria Leão (signo de elemento fogo, associado à consciência e à autoconfiança) Sua postura é imponente e ele está de braços abertos, como se quisesse chamar a atenção para si, mas revelando nesse gesto sua natureza amorosa e magnânima (lembrando que Leão rege o coração e o chacra cardíaco)

Quase oculto atrás de Tiago Menor, vemos Tomé (que representaria Virgem, signo de elemento Terra, de natureza crítica associado à lógica formal) Ele é representado em uma posição discreta, compatível com a imagem virginiana, e com o dedo em riste, como se questionasse Jesus. Basta lembrar que a Tomé é atribuída a famosa frase “ver para crer”.

Aqui surge uma polêmica. Ao lado de Cristo, que está representado no centro do quadro, em vez de João, Leonardo teria retratado Maria Madalena, que representaria Libra (signo de elemento ar, associado à diplomacia e ao equilíbrio dos opostos. Suas mãos estão entrelaçadas sobre a mesa e sua postura é serena, como se ouvisse o que lhe é dito e ponderasse com calma antes de qualquer julgamento. Muitos acreditam que Maria seria esposa de Jesus, o que seria compatível com o signo de Libra que rege a casa 7, associada à união dos opostos e, por extensão, ao casamento.

Ao lado dela, temos Judas Iscariotes, que representaria Escorpião  Judas está quase de costas, quase não podemos ver seu rosto e, aparentemente, ele está segurando um saco de moedas. Lembrando que Judas se suicidou e que Escorpião é um signo Fixo, de elemento Água, associado ao que está oculto e à traição, e que é original da casa 8, associada o dinheiro e às posses dos outros e também à morte.

Em seguida, vemos Pedro, representando Sagitário (signo de elemento fogo, associado às leis, à religiosidade aplicada, à ética e à filosofia. Leonardo o retratou entre Maria e Judas, apontando para Jesus, como se estivesse mostrando qual era o caminho a ser seguido. Lembrando que foi Pedro quem estabeleceu as bases do cristianismo.

Ao lado de Pedro, vemos André, que representaria Capricórnio (signo de elemento terra, associado à sabedoria adquiria com o tempo, à responsabilidade e às obrigações) Ele é retratado com as mãos levantadas, num gesto que pode ser interpretado como um sinal de negação ou recusa, como alguém que estabelecesse limites. Seu semblante é sério, sua barba e seus cabelos são brancos, o que é compatível com a imagem de capricórnio. Basta lembrar que o velho sábio é um dos símbolos associados a este signo.

Ao lado de André, vemos Tiago Maior, que representaria Aquário (signo de elemento ar, associado aos grupos e aos amigos com idéias em comum) Ele é retratado com uma das mãos nos ombros de Pedro, num gesto amigável, de alguém que se sente íntimo e confia nos outros. Com a outra mão, ele faz um gesto abrangente, como se quisesse tocar o ombro de André, mas que também se estende aos demais, como se quisesse abranger todo o grupo liderado por Jesus.

Finalmente, à esquerda, vemos Bartolomeu, que representaria Peixes (signo de elemento água, associado à imaginação, à sensibilidade, à compaixão e à espiritualidade) Ele é retratado como se estivesse observando tudo, devotado ao mestre, mas um tanto absorto, com as mãos apoiadas, sem esboçar um gesto ou uma ação definida, o que é compatível com a imagem de Peixes. Note-se também que seus pés estão em destaque na pintura, e que Peixes rege os pés na anatomia astrológica.



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