Astrologia Politicamente Incorreta - Sagitário

Na época do politicamente correto, seres humanos de todos os signos ainda são vítimas de preconceito e, em menor ou maior grau, sofrem algum tipo de bullying astrológico. Eles têm de suportar piadinhas, sorrisos irônicos, comentários mordazes e até mesmo a exclusão social. Muitos superam os traumas, alguns se mostram mais susceptíveis, mas há aqueles que sucumbem e desenvolvem problemas de auto-estima e outros sintomas perturbadores. Há casos de vítimas que começaram a ouvir incessantemente os Engenheiros do Havaí, e outras, mais abaladas, que se tornaram fãs do Luciano Huck.

Mas como se forma o preconceito astrológico?

Não é muito diferente do que ocorre em outras áreas de experiência humana.

Alguém pode não gostar de determinado signo, por exemplo, Sagitário, porque teve uma experiência pessoal negativa com algum sagitariano. A pessoa  forma uma imagem negativa, e depois generaliza. Mas, o que talvez seja pior, muitas vezes a pessoa forma uma imagem baseada apenas em fatores subjetivos, sem nada que a justifique.

E ela toma a parte pelo todo, já que desconhece que o signo é apenas um dos indicadores do mapa astrológico e que há muitas outras variáveis importantes que devem ser consideradas: o ascendente, a lua, as casas, as posições dos planetas, os aspectos, etc. Dizer que alguém é de Sagitário equivale a dizer que uma garrafa contem vinho, sem esclarecer se é vinho branco, tinto, rose, seco, doce, qual a procedência, a safra, o tipo, etc.

E sempre há escolhas. O mapa astrológico delineia um destino possível, mas não inexorável, já que os astros apenas indicam, não determinam. Grosso modo, poderíamos comparar o mapa a um manual de instruções, que a pessoa pode utilizar para tentar entender melhor a dinâmica das coisas. Se conseguir, ela poderá aproveitar melhor as possibilidades favoráveis, além de reduzir os efeitos colaterais e os desgastes improdutivos. Mas nem sempre a pessoa age em sincronia harmônica com as indicações do mapa, ela pode até contrariá-las frontalmente. Por exemplo, a pessoa tem indicações de talentos artísticos no mapa, mas eles nunca são explorados e ela acaba trabalhando a vida inteira num escritório de contabilidade, sem saber por que tem úlcera e se sente infeliz e frustrada.

Independentemente de conhecer ou não o próprio mapa, a pessoa vai viver as indicações nele contida de acordo com suas circunstâncias e seu nível de consciência. A astróloga Sandra Oliveira ilustra a questão: “Pessoas com mapas idênticos, algo raro, mas possível, ou mesmo gêmeos, cujos mapas são praticamente iguais, podem manifestar indicações semelhantes de formas distintas. Aspectos fortes de Marte, ou no signo de Áries no mapa, podem indicar impulsividade, coragem e assertividade, mas também precipitação, rispidez e agressividade. Ou seja, as mesmas potencialidades, características básicas, qualidades e talentos latentes podem ser manifestados de formas diferentes: um se torna cirurgião, outro se torna açougueiro, e outro pode se transformar em um assassino. Astrologicamente, todas as escolhas poderiam ser compatíveis, dependendo de outros indicadores e das escolhas da pessoa”.

Além disso, sempre devemos considerar a configuração geral e a interação entre os mapas das DUAS pessoas envolvidas em uma relação, com suas intersecções, áreas de tensão, etc. Portanto, antes de cometer uma injustiça, lembre-se que nem todos os sagitarianos são como aquela pessoa que você não suporta. Para ilustrar a possibilidade do preconceito astrológico, listamos algumas opiniões e comentários antagônicos sobre o signo de Sagitário.