Afinal, o meu signo mudou?

Não. Entenda a questão.

De tempos em tempos, surge uma nova tentativa de desacreditar a astrologia.

De tempos em tempos, surge uma nova tentativa de desacreditar a astrologia. Houve o abaixo assinado dos cientistas e, há algum tempo, a revista Veja tentou criar polêmica divulgando o que seria uma descoberta astronômica que acarretaria a mudança dos signos. 

Vamos aos fatos:

  • O autor da matéria não estava preocupado em discutir uma hipótese, mas sim em tentar inventar uma verdade, manipulando e omitindo informações. O astrólogo Maurício Jacoel também publicou artigo semelhante a este porque foi entrevistado antes da publicação da matéria e esclareceu os fatos, mas suas explicações não foram publicadas, pois implodiriam totalmente a reportagem;
  • A “descoberta” que a Revista cita como algo novo e que originaria a suposta mudança dos signos foi feita por Hiparco lá pelo século II A.C. Mas a mídia sempre prefere retratar os astrólogos como pessoas sensíveis que, talvez  intoxicadas pelo excesso de incenso e florais,  ignoram completamente a lógica e as verdades científicas. Ocorre que os astrólogos sempre souberam disso. Cabe lembrar que o estudo da astronomia como o conhecemos hoje, tem sua origem nas observações feitas por astrólogos durante milênios;
  • Não houve qualquer mudança nos signos. Alguns defendem que a astrologia está defasada, já que foram descobertos outros signos no zodíaco. Dessa forma, quando alguém diz que tem o Sol em Câncer, estaria cometendo um erro, porque na verdade o sol estaria em Leão. De certa forma, isso é verdade. Ocorre que os astrólogos têm conhecimento desses fatos há séculos. Devido ao fenômeno conhecido como Precessão dos Equinócios, +- a cada 2.160 anos a terra sofre uma defasagem de 30 graus em seu eixo.

É um fato astronômico, mas também um fato astrológico. Quando Hiparco fez sua descoberta, há mais de 2000 anos, o Sol entrava em Áries marcando a primavera na constelação de Áries, o que  realmente não ocorre hoje. Naquela época a astrologia utilizou as constelações para marcar o período solar, que foi dividido em 12 partes iguais. Áries foi mantido como o primeiro signo do zodíaco, o céu foi dividido em 12 partes iguais de 30 graus que chamamos de signos. Ou seja, a primavera no hemisfério norte marca o primeiro dia do Sol em Áries, porém astronomicamente o Sol está em Touro.

Também muito se falou sobre outras constelações ignoradas pela astrologia, como é o caso de Serpentário. De certa forma, não é errado dizer que alguém nasceu sob o signo astrológico de Sagitário, e que seu signo astronômico é Serpentário. Mas o que realmente conta para a Astrologia Tropical é a posição do Sol dentro das 12 divisões (casas), e sua relação com os outros planetas. Assim como quando Plutão deixou de ser classificado como planeta pela astronomia, a Astrologia não incorporou a nova nomenclatura. Simplesmente isso.

Algumas constelações levam o mesmo nome dos signos astrológicos, mas isso não quer dizer que sejam a mesma coisa. Talvez pareça estranho, mas a utilização dos nomes dos signos, na verdade,  não tem nada a ver com as constelações.

Apenas a interpretação astrológica pode estar impregnada de certo grau de subjetividade, não os fundamentos da astrologia.

Concluindo, o seu signo NÃO mudou.



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