O ano que vem vai ser bom?

Saturno é o regente de 2017?

O ano novo se aproxima e todo mundo quer saber como vai ser 2017, se vai ser bom ou, pelo menos, se vai ser melhor do que 2016. Mas será que o ano que está terminando foi mesmo tão ruim assim? E como vai ser o ano que se inicia?

2016 foi ruim?

A proximidade de um novo ciclo desperta a curiosidade das pessoas que querem saber se o ano novo vai ser bom ou, pelo menos, melhor do que o ano que está terminando. Em anos anteriores, vimos muitos textos sobre o regente astrológico do ano, praticamente todos com base na ordem caldeia dos planetas, do mais longe para o mais próximo da Terra, conforme podemos ver na figura abaixo, que publicamos em 2014, ano em que o regente teria sido Júpiter. Assim, em 2015, o regente anual seria Marte, em 2016, o Sol e, consequentemente, em 2017, o regente do ano seria Vênus. 

Não utilizamos as técnicas que atribuem ao ano um regente específico, mesmo porque a virada do ano não tem relevância em si para a astrologia, já que o ano novo astrológico começa em março, quando o Sol entra em Áries. Contudo,  o que chama a atenção é o fato de que temos lido muitas previsões um tanto pessimistas para 2017, previsões que seriam feitas com base no que é chamado na Astrologia Cabalística de Ciclo Solar Primário de 36 anos ou algo assim, segundo o qual o regente do ano que se inicia seria Saturno. Então, cabe a pergunta: Por que a previsão de Saturno como regente do ano ganhou tanto destaque, se Vênus é um planeta muito mais auspicioso? Bem, não temos certeza, mas talvez as pessoas estejam um tanto pessimistas, por ainda estarem impressionadas pela repercussão dos fatos na mídia e nas redes sociais. Quase em uníssono, elas reclamam que 2016 foi um ano ruim: ”Teve a crise política que levou a um terrível crise econômica...” “Poxa,  morreram tantas pessoas legais, o Prince, o David Bowie, o George Michael...”  “Ah, tivemos guerras e conflitos, na Síria e em outros lugares...”. Parece que a impressão geral é que 2016 foi mesmo um ano ruim, mas será que foi tão ruim assim? Será que aconteceram muito mais coisas ruins do que coisas boas? Será que o mundo hoje é pior do que era antes?

Pode até parecer, mas acreditamos que isso se deve, pelo menos em parte, às overdoses de informação que tomamos diariamente. Ora, estamos vivendo uma crise politica, mas quem tem mais de 40 anos já atravessou anos politicamente muito mais turbulentos e crises muito mais agudas. Tá bom, realmente nós tivemos muitas perdas no mundo artístico, mas se olharmos para trás, veremos que, em todos os anos, morreram artistas maravilhosos. Com relação às guerras, que são sempre terríveis e confirmam o lado bestial do ser humano, precisamos lembrar que sempre, repetindo, sempre existiram e eram ainda mais cruéis. Num passado não tão distante, crianças eram mortas, mulheres estupradas, homens eram feitos escravos e não havia Convenção de Genebra, nem Cruz Vermelha ou coisa que o valha. Há pouco mais de setenta anos, o mundo vivia os horrores da Segunda Guerra Mundial, com o nazismo, os campos de concentração e aquilo tudo. Ocorre que só ficávamos sabendo em perspectiva, o que atenuava um pouco o impacto da coisa.

Claro que o ano não foi nenhum mar de rosas, o que é compatível com os aspectos astrológicos que tivemos no período, como Marte retrógrado em Sagitário e Escorpião, marcando a difícil desconstrução das convicções e dos relacionamentos, como também a quadratura de Netuno com Saturno, que marcou a dissolução das estruturas já  estabelecidas, causando desconforto, insegurança e a desintegração de sistemas demasiadamente rígidos. Mas temos de levar em conta que nossa percepção dos fatos afeta nosso julgamento da realidade. Não se trata de uma síndrome de Poliana, de ingenuidade ou otimismo esotérico. Sabemos que vivemos tempos ainda muito sombrios, mas como dizem os budistas: “Se você quer saber como vai ser sua vida no futuro, preste atenção no presente. Se você quer saber como foi sua vida no passado, preste atenção no presente.” 

2017 vai ser melhor?

Fazer previsões gerais para o ano é uma tarefa para aqueles que estudam Astrologia Mundial. Neste texto, faremos apenas alguns comentários com base nos principais indicadores do período. Como dissemos, não adotamos o regente do ano como variável e preferimos usar outros indicadores, que nos parecem mais consistentes, como os trânsitos astrológicos dos planetas lentos e o mapa formado no momento em que o ano começa.  

Durante o primeiro semestre, teremos Saturno em trigono com Urano, aspecto que favorece a estruturação e desenvolvimento de tudo que já tenha uma base estável ou alguma solidez. Empreendimentos, negócios ou iniciativas pessoais que já estiverem consolidadas, ou que sejam conhecidas e que já tenham sido analisadas com cuidado terão mais chance de gerar resultados favoráveis. A ideia é que o que já é conhecido pode ser revitalizado e gerar resultados muito mais positivos do que projetos totalmente novos. Mudanças, só as cuidadosamente planejadas e previamente estruturadas.

Durante todo o ano, teremos o trânsito de Saturno pelo signo de Sagitário, indicando o recrudescimento da tendência ao dogmatismo, à intolerância religiosa e racial, à xenofobia, etc. Tivemos muitas demonstrações de rigidez, conservadorismo e de cerceamento da liberdade de expressão desde que Saturno entrou neste signo, no final de 2015. Saturno em Sagitário representa o acirramento das questões religiosas, das crenças, das convicções filosóficas que, de alguma forma, estão associadas às estruturas sociais e políticas. Não é por acaso que estamos vivendo um período de conflitos que tem provocado o caos nas fronteiras de muitos países, com o maior número de refugiados desde a Segunda Guerra.

Júpiter transitando pelo signo de Libra até outubro indica que as parcerias, as associações e os relacionamentos em geral ganharão em importância. Os que forem regidos pela autenticidade e pela lisura tendem a se desenvolver de forma prazerosa, mas os que estiverem baseados apenas em interesses podem sofrer rupturas, súbitas e definitivas. Ocorre que Júpiter não está relacionado apenas aos relacionamentos pessoais, mas também à justiça, às relações internacionais e à diplomacia. Durante o ano, Júpiter fará aspectos com vários planetas.  

Talvez o aspecto mais significativo de 2017 seja a quadratura em T formada por Júpiter em Libra, Plutão em Capricórnio e Urano em Áries. Este aspecto indica radicalização de valores e convicções pessoais com tendência ao recrudescimento de posturas mais conservadoras. Tal radicalização pode ser bastante perigosa, já que até mesmo discussões triviais podem se transformar em batalhas ideológicas ou descambar para conflitos diretos. O melhor é não levar a coisa às últimas consequências e estar aberto a fazer concessões e acordos, mesmo que não sejam plenamente satisfatórios e que você tenha certeza que está com a razão. Como envolve três planetas, este trânsito estará ativo com menor ou maior intensidade até setembro. 

Entre março e abril e julho e agosto, teremos uma quadratura, um contato tenso entre Júpiter e Plutão, indicando possibilidade de crises, radicalização e situações extremamente tensas nas relações entre países e poderes, que podem levar a punições severas de poderosos e à  transformação do panorama político e econômico no Brasil e em outros países. Já entre janeiro e março e depois de setembro a outubro teremos Júpiter em oposição a Urano, indicando a ação de grupos com interesses em comum que descubram soluções surpreendentes que mudem paradigmas, além da possibilidade de descobertas científicas revolucionárias e novas tecnologias.

Até abril de 2017 teremos também a quadratura de Urano e Plutão, que já vem mostrando ao que veio desde pelo menos 2011. Devemos continuar assistindo grandes turbulências sociais e políticas em todo o mundo, com ênfase em movimentos radicais, com greves e movimentos coletivos ou atos de terrorismo cometidos por grupos extremistas. Também é possível que ocorram acidentes naturais ou tragédias provocadas pela ação ou omissão do homem, como quedas de aviões ou explosões de usinas nucleares, por exemplo.   

 Além disso, entre 15 de março e 15 de abril, teremos a conjunção de Marte e Urano, ativando a quadratura com Plutão e o potencial destrutivo indicado por este trânsito. Novos conflitos podem surgir no cenário mundial e podem ocorrer ações muito violentas por parte de grupos radicais, como atentados e coisas assim. .

No mapa do ano, teremos Marte em conjunção com Netuno e Cauda de Dragão, que indica a necessidade de usar a intuição para atingir os objetivos pré-determinados. Indica também que será necessário exercitar a atenção e manter o foco, já que as atitudes impensadas podem resultar em conflitos e problemas com sérias consequências.

Teremos ainda Vênus e Lua em Aquário, indicando que podemos elaborar nossas emoções e nos relacionar de forma diferente, estabelecendo uma dinâmica que possibilite novas experiências e uma maneira de dar e receber afeto mais aberta e menos dependente. Também pode indicar o surgimento de novas formas de lidar com as finanças, como o crescimento da chamada Economia Colaborativa, por exemplo.   

Um Ano Novo Cintilante pra Você! 



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